terça-feira, 10 de dezembro de 2013

aluga-se casa-se:
para toda uma longa temporada de verão.

gotas caem - chuva alemã

cada gota que cai
como uma pá rompendo o chão
pelas mãos do coveiro Apolo
me matando sem razão

é o prematuro anúncio
de minh'última vida, irmão 
me perpetuar junto ao solo
pra não ter vivido em vão.

com a facilidade da morte 
vi o longo fio da vida
se soltar do coração.

desapegada da sorte
junto a porta da saída
já aceno minha mão.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

20 de Novembro

livre livre livre!
dentro de minha ousadia.
tenho uma mecha vermelha.
ficou bom.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Sujeita Volutiva

Norma já trazia
no bolso do colete
a carta que na mesa jogou.
E nós já a conhecemos no seu Ethos aristotélico.

Das formas de se partir e colar

quando me parto em cacos
só me colo a araudite,
que me remete a nomes clássicos
e isso sei que bem cola.

se me rasgo, rasgo, rasgo,
colo com fita durex,
que cola coisinha à toa
e rasgadinho é rasgadinho.

mas quando racho\ trinco,
aí é solda ou cimento,
que quanto mais duro, mais difícil é consertar.

super bonder me resolve quebrado em porcelana,
dá-se um jeito.

agora,
costuro meus retalhos me resignificando em colcha
e com cara e coragem
o convido a se deitar.


iniciante

sou o amador
o que ama sem saber
aquele que se entrega e sente
e tem presente
a dor em seu altar.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

primeiro conceito para a elaboração de nossas casas é o amor.
no chão é básico.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

não sei se tem luz
não sei se não tem
não sei se é minha
ou se é emprestada
mas essa pedra rude e iluminada
ta sempre a doer apresentando brevidade

a menina d'água via
mas a mãe do mar segurou.

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

hoje em dia cága-se
da mesma forma que se come biscoitos.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

solo de rubi
















na
volta às minhas origens
a dor se intensifica.
as raízes que ficaram, não foram comigo,
foram obrigadas a enrijecer
e ocuparam meu antigo e terno pedaço de terra,
crescendo-se em si e se perpetuando
nas sementes eminentes de seus próprios frutos.

sábado, 2 de novembro de 2013

quebrei
meu voto de castidade
mas foi com um anjo
quebrei só pela metade

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

arrenego do cavalo
que não tem onde ancorá
arrenego da minhâncora
que não encontrar o mar.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

encontre o cuzão

faz
mas acha feio?
não o faria,
mas faz 
e te manda em exílio
quando é contrariado 
pela tua discordância.
são uns glutões
que só são o que são
na mesa do fundo à direita
no fundo da taberna escura

terça-feira, 29 de outubro de 2013

T.É.F.F.

Tu é fake, féra!
Feriu me ao fundo e nem achou um absurdo.
Furou a barreira do tempo e já é quase um robô
há mais de mês repetindo que já ama a mina já.
Duvido que ame mesmo se a dúvida ainda anda junto.
Já eu, sem tu, indo, penso que dessa me livrei, e vou tirar tu do meu face e não viver sua hipocrisia.
Hipocrisia é crise grande, de não se saber se quer ser quem se é,
e como eu já disse antes;
Tu é fake, féra.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

cai em Si

foi dormir na casa deLa pensando em Mi.
ponto pro  meu Sol.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

chuva na terra

chuva boa bem fininha
vem molhar meu jardim árido
já é primavera e as flores querem nascer
não cabem mais em si.

vem molhar meu cerrado
que ja canta com teu cheiro.

chuva boa prazenteira,
vem molhar a jardineira
que a girar, que maravilha,
te espera.
Há de há de ficar ótimo
todo e qualquer coração
que tiver amor pureza
e souber amar em vão

amém

partida do aquário

é que sou um vazo de vidro
cheio muito cheio d'água
pronto para transbordar puramente e transparente
já bem cheio forte mas de vidro
e o ar da mudança espacial
gera o fogo detentor do amor
que até hoje me faltava em terra.

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

eu podia estar
bebendo
matando roubando
fumando
crack,
bebenu minha brejinha.
mas não,
tô aqui deitada,
viajando,
pensando,
tentando dormir,
matando,
mas não.

fígado

mãe,
me responde desde quando
tenho estes olhos vermelhos.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

olha quem vem lá
por todas as noites
não podia
ser nem tu
n'era dia
e nem outro saberia:
vá sabá...
e sabia lá quem quem seria
eu sabia
era o sabiá
porque quando durmo é quando teu sol nasce

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Perdi o dom de gerar
e não devolvi à terra santa
tudo que tem me dado.

sábado, 7 de setembro de 2013

sabiá

le ienteró
o
twenty eigth

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

no aguidá


água, cachaça e água
e uma comidinha se tiver

os espíritos de luz 
do reverendo mestre
me pediram pra curar 
e o tambor é minha cura

coisa boa é eu feliz
realista real realizada
cheia de amor
dentro e fora de mim

dentro e fora de mim



los pijaya

regresó con los pijaya
dos pijaya, tres pijaya
regresó con los pijaya
tres pijaya sus pijaya

tiene que dar de comer
que proporcionar el sueño
garante una buena noche
que los garante un dia bueno

los niños durmieron bien
quese hasta la mañana
pero el tercero pijaya
quiero despertar temprana
a las cinco de la mañana

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Marco Referencial Pretérito

Em três de abril de 1995 a mãe de Clarisse aguardava sua boa hora.
A brisa soprava, Os passarinhos cantavam
E as crianças brincavam lá fora.

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

o outro

o outro, depois de trinta anos
é personagem interno meu
sob minha grande pretensão
dentro de mim pergunto
dentro de mim ele responde
o outro com quem brigo
e faço eu mesma as pazes
antes dele saber que brigamos.

Rubi II

Reacendestes fogo em mim
Morto já enterrado
Chorado sob margaridas brancas
E um banho de rosas vermelhas
Um grande luto em respeito a esse óbito
Tanta saudade superada
Transformada com algia e tempo em ternura.
Mas pronto fazes reacender essa chama
E seus carinhos viram fantasmas
E meus dias inebriantes.

sábado, 17 de agosto de 2013

Ela

Eu ouço Ella
mas ela não me ouve.
Ouve os facínoras.
O dia inteiro eu ouvindo Ella
me falando de sonhos,
me chamando de sonho,
me levando pra voar
e não me ouve.
Me dá tudo e não sabe o que eu quero.
:néctar mystery!


Buiu, Bidú, Bái
e não eu.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

chuviscando

cansada, como sempre
das coisas impessoais
da vida impessoal que Paris me proporciona.
chuvas
cinzas
edifícios
e não é a volta
vivo sempre assim.
as vezes me anestesio,
mas é sempre assim
a vida em SP.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Rubi

Nessa mesma rua e sob o mesmo lençol se fez nosso primeiro encontro.
Mas hoje a despedida foi mais viva:
Me tocastes quente, febril e escarlate e profundos olhos contemplando minha partida.

Tive que esquecer algo pra poder buscar depois.
Algo que falasse. Algo que batesse para que tu não se esquecesse dos momentos enfim sós.
Acho que ficou do lado esquerdo da cama, preenchendo aquele recôncavo. Cuide.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Flor, Estrella e Luna

Uno, cinco y seis
estrela talismã
trevo-de-quatro-folhas
Vênus da manhã

Faz um jardim comigo
efêmero com flores
con todos los aromas
y todos los colores

Sempre-vivas e açucenas
Papoulas e gardenias
y siento que ya esperaba su llegada

Sentada en un cuarzo rosa puedo ver a Venus brillando. Brilla sobre la tierra e ese es amor.
El amor nace de la pureza así como el jardín que una vez propuse


Hoy es viernes e la luna es casi llena.


Para Antonio Luna (Toñito)

quarta-feira, 17 de julho de 2013

namida

queria te falar do abandono, sabe?
queria te falar do sofrimento que despertas
sem fazer nada
essa distância, que sem culpa se alonga

queria te falar que a tela não tem tato
tanto lá quanto cá
que é ilusório esse sorriso despertado


queria também te falar pra abrires os teus olhos
estão muitos indo sem dar tchau

que fiques mais atento ligado ao perceber
tem que dar atenção
tem que ouvir mil vezes
tem que chorar junto
e abraçar eternamente.


passagem para Aruanda

Era cara, muito cara
vendeu os trem,
meia, dvd, tênis,
carne, cassete, pênis,
e comprou o ticket
que levava à Aruanda,
a passagem.

Lá chegando teve que voltar
pois não tinha visto que não tinha visto.

Próximo trem parte em 5, 4, 3...

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Disk Odalisca: Quem não arrisca não petisca!
De terça a segunda, mil e uma noites, revelando as mais belas fantasias.
Belisca!

sonho 10-07

no meu sonho tinha um cara que me perseguia. obcecado, me queria só pra ele.
meu pai morava em uma casa que já moramos antes, eu, papai, irmãos e prim@s, e essa casa estava em reforma.
enquanto isso eu fugia do cara. meu irmão também já fugia dele, pois em um momento foi me defender.

quando chego na casa do meu pai, que acho que eu estava ficando lá uns dias pra me proteger, já tinha um moooonte de prim@ dormindo lá também. e quando fui entrar pelos fundos, vi um homem dormindo no chão, com a cabeça coberta, falei alto, assustada: "mas ele vai dormir aí?", achando que fosse noel. 
Foi nesse momento que eu joguei tudo a perder, pois o cara que estava me perseguindo ouvira minha voz.

meu pai explicou que não era meu irmão e sim o mestre de obras quem dormia naquele lugar. continuei achando estranho alguém dormir ali naquela cama improvisada sobre tacos alinhadamente soltos.
quando eu entrei pra casa vi o mestre de obras, que aparecera na forma de um grande amigo, faz tempo que não o vejo, o chininha, passando um 38 pro meu pai. para a nossa defesa. 

dentro de casa discuti com meu pai, pois era eu quem devia proteger a todos já que a situação havia sida causada por mim.o cara conseguiu me achar. 
acordei assustada e incomodada e pedi que o sonho se transformasse em algo bom... foi quando eu me vi no sonho, chegando no mesmo quintal, pelos fundos e me deitei naquela cama improvisada. meu amor chegou pra conversar comigo e assim fazendo me dormir.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

senta

É um tal
É um tal
de bate mas não entra
já deixei a a porta aberta
quero ver se tu aguenta.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

mar bravo.

É que o mar era lindo
Mas não tão convidativo,
Revolto na sua vai-e-venhísse.

Não quis entrar.
Não entrou.
Não engoliu água.
Não nadou.
Só, ficou na beira-mar
Esperando calor passar.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Para Alberto Caeiro

Não cabe em Mim. Não consigo,
Não escondo que te amo:
Rio que corre se vê
Árvore que dá fruto como.

quinta-feira, 7 de março de 2013

Diga alô!

Três vezes tocou o telefone
Atendi todas as três
e era tudo Omar
Na sua vai-e-venhice
sem quase nada (nade!) me dizer,
Só o chuá que dá saudade...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

encarnação II


Perdi minha piti-tanga
No dia de carnaval
Era tudo tão terreno
Era tudo tão banal
Que cansei da encarnação
Me cansei de ser carnal.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Tá, tá...

eu quase caio e cai sobre minh'alma o seu sorriso.
aquele que não devia
mas me faz viver
a consolo de meu coração.
o consolo que Kokoro pedia a Deus.
Adeus isso que me segurou,
arigatô, sayonara!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

BB TS, sem V

a beira-mar lá se ia ela sozinha
maré vazando com medo da menina
sem nenhuma companhia
nem o sol a quis
e na noite sem nuvens a lua sumiu.
o tempo parou, sabe? o vento não soprava mais
não tinha mais o lenço do pescoço
não tinha mais seu CPF
tinha apenas na carteira
dois míseros Ienes e mais um kwanza
ja era quase indigente
mas escolheu seguir caminhando
sem pressa, caminhando